É com uma citação de Rainer Maria Rilke e uma outra citação de Sophia Mello Breyner, que Luísa Costa Macedo inicia o seu livro de poesia "Solo à luz". Esta obra volta-se à vontade da poesia de expandir-se e integrar-se, de criar ligações emocionais, mantendo uma forte relação de intertextualidade com outros escritores, poetas e músicos. Com o prefácio do coordenador da colecção António Carlos Cortez, o livro divide-se em três secções, das quais resultam 64 poemas que desempenham um papel incontornável e imprescindível na descoberta filosófica do "eu", à qual a poeta se entrega. Luísa descreve o seu percurso como: "A performance solitária da criação da palavra. Das sombras profundas à luz das aves, o caminho faz-se de uma forma elíptica, procurando a clareza pela palavra, o inatingível brilho do significado da existência". Como dito pelo prefaciador, Luísa Costa Macedo, neste livro de estreia, fala-nos de um "sol branco", de um "alvo nu", que demanda a quem o persegue esta "contínua procura" do sentido.