Esta lenda da Matinta Perera foi criada por Bartolomeu Campos de Queirós a partir de relatos transmitidos oralmente na região amazônica. Uma história misteriosa, envolvente, que nos cativa do começo ao fim. Um assobio no meio da noite / Coisa de arrepiar / De deixar o cabelo em pé! / Dizem que é um pássaro / Mas também é mulher... Bartô soube como ninguém recriar esse mito tão presente, real e em constante transformação na cultura popular amazônica. Esta obra proporciona descobrir todo um imaginário construído, e mantido, pelas narrativas orais, com um discurso mítico cheio de ritos e figuras lendárias.A Matinta pode ser uma velha, um pássaro, ou mesmo um menino de uma perna só em outras versões dos rincões do Brasil, o fato é que se trata de uma personagem misteriosa que vive sozinha na mata a perambular sob a lua, e para quem é preciso oferecer tabaco para ficar em paz. Um ser encantado respeitado por quem convive com ele, que nos faz refletir sobre a importância dos elementos da floresta, e sobre manter o equilíbrio entre todos os seres habitantes de cada região.