Educar com a mídia trata da relação entre o ensino nas escolas e a imporância dos meios de comunicação de massa entre os jovens. Paulo Freire e Sérgio Guimarães dialogam sobre as possibilidade que as novas mídias oferecem a professores e professoras em sala de aula. Também defendem seu uso em termos de uma política educacional que possibilite a estudantes o espírito crítico fundamental para a formação da cidadania, o respeito à diversidade e o exercício da política.
A presente edição conta ainda com prefácio inédito do professor e autor premiado Luiz Antonio Simas.
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Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática.
Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame.
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"Por que é que eu penso que a internet, globalmente, é importante? Evidentemete, ela só nos dá informações. Eu não acredito nada nas pessoas quepensam com a internet. Mas ela anula o problema da informação. E as pessoas - os professores, os educadores - podem se dedicar a explicar como procurar a informação, como 'recortar' a informação, uma vez que agora há uma tal diversidade, uma tal acumulação, vertigionosa, diária, de informações, que é preciso 'recortá-las'. Se alguém te diz 'é branco', talvez seja preto, sei lá eu! É preciso ir buscar as fontes, cruzar as fontes, e aí, uma vez mais, pôr em prática o espírito crítico."